EdiSilva
Acho que este vídeo de Eduardo Moreira colocado abaixo nos dá uma boa ideia sobre privatização.
Ele parte do ponto de que tudo aquilo que todos devem ter, não pode ser privatizado.
E partindo disto, enumera algumas coisas que não devem ser privatizadas: Educação, Saúde e ÁGUA. É uma lista exemplificativa, oque quer dizer que tem muito mais ítens nesta relação, alguns que até já foram privatizados.
Como privatizar aquilo que é essencial à vida?
Alguém pode viver sem água? E na privatização, qual a responsabilidade da empresa, que tem acionistas que esperam lucros, em fornecer água a quem provavelmente não vai conseguir pagar ou para aqueles cujos custos para se levar as instalações necessárias até sua residência seja mais alto que as tarifas que serão pagas?
Estão em terras brasileiras e ainda, por enquanto, pertencem ao Brasil os dois maiores aquíferos do mundo: Guarani, Alter do Chão.
O que é um aquífero?
João Bosco - Água, Mãe Água
Quando o serviço é fornecido pelo Estado, estes custos são absorvidos por todos, desde que sejam pessoas sensíveis e não tenham sido transformados em monstros por algum vírus político.
As privatizações de FHC
As privatizações ocorridas durante os governos fhc também pregavam que o governo não tinha como fornecer aqueles serviços e que a "iniciativa privada" o faria melhor que o Estado. Nunca aconteceu.
Quem tiver a curiosidade e o cuidado de ler a respeito daquelas privatizações perceberão, por exemplo, o que aconteceu no caso da telefonia celular. O governo já tinha tudo preparado para a expansão da telefonia, inclusive com obras feitas. houve a privatização e aquilo caiu nas mãos das empresas "compradoras", que tiveram pouco ou nenhum trabalho para que a telefonia celular se ampliasse e atingisse quase todo o país. Onde não estava pronto, praticamente não tem celular funcionando ainda hoje.
E a infraestrutura que estava pronta e não foi cobrada como devia, serviu para passar para o povo que a empresas privadas realmente são mais eficientes, pois pouco tempo depois que assumiram os negócios o celular ficou mais acessível e barato.
Guilherme Arantes - Planeta Água
Vejam o caso da Embratel: com a venda da empresa, entregaram a infraestrutura essencial pronta com nossos impostos e nosso satélite em órbita. Assim descreve Waldyr Kopezky no GGN:
"Embratel – sua entrega ocorreu APÓS a construção (com investimento público massivo) do “backbone” (espinha dorsal dos cabos de fibra ótica que ligam o Brasil (telefonia, dados, radiodifusão, telex, etc.) ao MUNDO TODO!"
Outro trecho, este sobre o satélite: "...mas não fica só nisso, pois a estatal de telecomunicações foi entregue com o ÚNICO SATÉLITE NACIONAL em plena operação à época e tempo útil extenso e garantido em órbita. Hoje, nossos sistemas de vigilância militar orbital e previsão/ mensuração de eventos e ocorrências atmosféricas e geográficas (tempestades, terremotos, devastações por queimadas, etc.) dependem do fornecimento externo desses dados."
A balela da concorrência
Quanto à sempre alegada "concorrência", veja o que disse ainda em 1998 a Sinttel-DF sobre o tema: "O mundo maravilhoso onde a competição faria chover telefones e empregos está cada vez mais parecido com o mundo real onde poucos dominam o mercado, submetendo os interesses do país e dos consumidores a interesses puramente comerciais. O presidente da Anatel, Renato Guerreiro, declarou em recente entrevista que o Brasil terá apenas entre três e cinco operadoras de telefonia em um futuro não muito distante”.
Os links abaixo levam para textos do meu antigo blog sobre privatizações:
O que jamais deve ser privatizado?
Veja também:
- Vídeo: A nova lei do saneamento e a blindagem de Flavio Bolsonaro
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