De acordo com o jornal inglês "The Guardian", Bolsonaro prometeu que mostraria "um novo Brasil, com sua credibilidade restaurada perante o mundo e diferente do que se vê nos jornais e na televisão", "mas em um discurso de 12 minutos, no qual o populista de extrema direita pregou remédios não comprovados contra a Covid, denunciou medidas de contenção do coronavírus e propagou uma sucessão de distorções e mentiras descaradas sobre a política brasileira e o meio ambiente, Bolsonaro fez pouco para reparar a reputação internacional de seu país."
Ainda de acordo com o Guardian, diplomatas brasileiros se disseram esperançosos de que o presidente mostrasse ao mundo uma face mais moderada do que na sua última aparição naquela casa em 2019. Mas nada disso aconteceu e nos primeiros minutos de discurso essa esperança foi jogada por terra.
Ainda disse o presidente que não tivemos um único caso de corrupção em seus dois anos e oito meses de governo. Deixo aqui uma pausa para quem quiser rir...
Quer rir mais? Talvez o que vem a seguir não seja para rir: ele disse que seu governo há muito tempo tem defendido a vacinação contra a Covid. Quem está vivendo no Brasil (digo isso, pois nos deparamos o tempo todo com criaturas que parecem ter chegado ontem de Marte), já teve oportunidade de ouvir da boca do indivíduo em questão que isso não é verdade, além do próprio ter se recusado (a se acreditar nele) a se vacinar.
E depois disso tudo, defendeu o uso dos medicamentos que comprovadamente não servem para combater o coronavírus. Disse não entender por que o resto do mundo não abraçou a ideia do uso desses medicamentos. “A história e a ciência saberão como cobrar de todos”, ele acrescentou. Creio que ele tenha razão nisso. Ele será realmente julgado pela História, mas o resultado será diferente daquele que ele imagina.
Sobre desmatamento e clima, Marco Astrini, diretor executivo do Observatório Climático, um grupo que abriga várias ONGs sobre meio ambiente, disse que Bolsonaro "escolheu a dedo e distorceu as estatísticas numa tentativa de defender seu indefensável recorde de destruição ambiental e impunidade."
"Simplesmente não é verdade - é uma mentira," disse Astrini sobre a afirmação de Bolsonaro de que 84% da Amazônia está intacta. "Ninguém engolirá esse número e o presidente o repete".
No todo, foi um discurso para quem ainda acredita nele aqui no Brasil.
Bom, por aí prossegue o festival de besteiras que, dessa vez, assolou a ONU.
Para entender a frase acima, pesquise por FEBEAPA.
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