Dois telefonemas - Forte Cultural

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quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Dois telefonemas


EdiSilva

O quê todos passam pelo menos duas vezes por semana: uma ligação para oferecer a venda de alguma coisa. Já virou parte de nossa rotina.

Eu estava almoçando, meio dia e alguma coisa e toca o celular. Número do DF. Atendi. De fora eu nem atendo.

Do outro lado, uma mocinha, creio, oferecendo produtos de uma companhia telefônica. 

Eu perguntei a ela qual era o horário de almoço dela e ela respondeu que era a partir de uma hora, então, pedi o número do telefone dela e disse que ligaria depois de uma hora. 

Ela não aceitou. Disse que não podia. Por que será?

Novamente, ainda na mesma semana, ligação da mesma companhia telefônica. Não sei dizer se era a mesma possível mocinha. Disse que tinha grandes promoções a me oferecer.

Eu disse a ela que não podia trocar minha assinatura de tv etc. Ela quis saber por quê. 

Eu respondi que estava devendo seis meses de assinatura de outra companhia e que não podia por isso. E completei dizendo que havia uma solução para o meu problema: eu faria a assinatura que ela me oferecia e ficaria sem pagar por seis meses, enquanto liquidava meu débito com a outra.

Não sei se ela entendeu o quê eu propunha e disse que poderia ser uma solução. Outra possibilidade seria que ela, como vendedora, provavelmente sem vínculo com a dona do produto que vendia, não se importava com o quê aconteceria depois da venda.

Eu agradeci a ela, desejei boa noite e desliguei, afinal ela só estava tentando ganhar a vida. Quem não?


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