Cinco anos de transplante renal - repetindo o sentimento e o agradecimento - Forte Cultural

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quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Cinco anos de transplante renal - repetindo o sentimento e o agradecimento

 Quando completei um ano de transplante, escrevi o texto abaixo. O sentimento ainda é o mesmo e a gratidão também.

 

EdiSilva
Uma e quarenta da madruga (início do dia vinte e um de outubro de 2015). A essa hora, exatamente há um ano, eu estava anestesiado e passava por um transplante renal.

Parece que foi pouco tempo, que passou muito rápido, mas muita coisa mudou em minha vida.

E não só para melhor. Mas Isto é assunto para outro dia.

Antes daquela cirurgia, eu fiquei por oito meses passando pelo processo da hemodiálise, três vezes por semana, quatro horas por dia. Pouco tempo, se considerarmos o quanto outras pessoas esperam, sendo que muitas nem conseguem um transplante.

Esse tratamento cessou naquele dia. Há um ano não preciso mais da filtragem artificial do meu sangue.

Graças à equipe médica e de todos os auxiliares (cada pessoa que contribui para que o Instituto funcione, seja na limpeza ou na administração) do Instituto de Cardiologia do DF, pude realizar o transplante. Graças à Dra. Hellen, Dra Yara, Dra. Inara, Dra. Isabela, ao anestesista (infelizmente não soube o nome dele), ao cirurgião, Dr. Flávio, à moça super agradável que fez a minha última hemodiálise enquanto eu aguardava o transplante, aos atendentes que me recebem todas as vezes que vou lá para exames e consultas, às moças maravilhosas do TMO, ao Tiago, nosso anjo da guarda e todos os outros, este um ano foi muito mais tranquilo do que poderia ser.

Tive altos e baixos, passei por infecções oportunistas devido à baixa imunidade ocasionada pelos remédios imprescindíveis a qualquer transplantado.

Sou grato a todos eles, mesmo sabendo que não lerão este agradecimento.

Mas sou muito grato também à família que naquele momento de intensa dor (fico arrepiado enquanto escrevo isto), pensou em ajudar outras pessoas e permitiu que um rim de sua filha, irmã, talvez esposa e mãe, pudesse me ajudar a atravessar este ano e, espero, muitos mais. Desejo a eles muito conforto neste momento em que a perda deles também completa um ano. Que sejam muito felizes. Infelizmente não os conheço e isto torna a atitude deles maior ainda. Doaram para um desconhecido.

Esta gratidão deve ser estendida a todas as famílias que fazem o mesmo e permitem sobrevidas, alegrias e felicidades para receptores e seus familiares em todo o país.

Nova vida e agradecimentos
Sou muito grato também a minha esposa por todo o apoio, minha filha (as duas é que sempre aturaram minhas chatices), cunhadas (que ajudaram de diversas formas), aos maridos delas (valeu Bruno e Everton!), aos meus sogros maravilhosos (pais, na verdade), a Shellen (que ajudou muito também), ao meu afilhado Matheus (passou um grande aperto no Hospital de Santa Maria, enquanto cuidava de mim à noite), a Márcio Hosken (uma daquelas almas boas que encontramos ao longo da vida), a Rita (ajudou a suportar uma enxaqueca terrível após o transplante) e a Yuri Pierre, que foi um irmão desde que fui internado no Hospital de Santa Maria. Foi meu guardião diversas vezes, passando várias noites comigo nos hospitais.

O problema de citar nomes é que certamente esqueci alguém, mas, desde já, peço desculpas a todos.

Obs.: o Hospital Regional de Santa Maria foi onde fiquei internado e onde comecei o meu tratamento de hemodiálise (17 de fevereiro de 2015, terça feira de carnaval). Já mencionei em outro post o quanto fui bem tratado também por toda a equipe de hemodiálise/nefrologia do hospital.

Valeu demais, pessoal!

Já xaropei bastante, mas acho que devo isto a todos eles. Obrigado!

PS.: Todo o meu tratamento até hoje (outubro de 2020), foi custeado pelo SUS, que não era conhecido pelo nosso ministro da saúde.

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