EdiSilva
A vingança parece doce, mas amarga no final.
Depois da catarse, tudo é paz.
Mas como se mata alguém, em uma troca de tiros, com trinta e oito balas no corpo?
A imprensa que, como no caso Lula, fazia parte do cerco policial, não consegue fazer as perguntas que precisa. Está envolvida emocionalmente.
Disseram-me hoje que a Lei é a culpada e que quando o bandido é preso, logo está solto. As leis precisam ter o máximo de cuidado para que não se prenda e nem se condene inocentes. E aqui o meu argumento vai beber do argumento usado por quem é a favor da pena de morte (se ela já não existe no Brasil para certas pessoas): a lei precisa ser cuidadosa para que inocentes não sejam criminalizados a ponto de correr-se o risco de que alguns culpados fiquem livres.
Muitas vezes a libertação de um possível culpado reside nos inúmeros erros cometidos na hora da prisão, atendendo ao desejo punitivista do povo e dos agentes do sistema de segurança. Depois, culpa-se o juiz.
E o principal argumento de quem discorda dessa linha de argumento é perguntar se estou defendendo bandido. Não! Estou defendendo o sistema de segurança e a Justiça. E você, que pode ser acusado de um crime do qual é inocente. Devemos possuir o sistema mais justo possível para que inocentes continuem inocentes.
Jornada nas Estrelas, a série clássica, tem um episódio no qual a população de um planeta passa quase todos os dias do anos obedecendo rigorosamente às leis e ao governo. É uma ditadura. Mas em uma noite de cada ano, uma única noite, à população é dado o direito de fazer o que quiser. Nada é proibido nessa noite. Nada é punido. No dia seguinte, tudo será esquecido e a vida volta ao normal. É o escape. Para nós existe o carnaval. Trata-se do episódio "A Hora Rubra".
Há poucos anos fizeram uma série de filmes coma mesma temática, mas o citado episódio de Jornada nas Estrela é dos anos sessenta.
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