EdiSilva
PSG X Manchester City, primeira partida em Paris. Jogão para definir um finalista da Copa dos Campeões da UEFA, um dos títulos mais cobiçados do mundo. Muitos dizem que esse título é mais perseguido pelos times europeus que o mundial de clubes.
Primeiro tempo de jogo, PSG mais encaixado no jogo, um pouco superior, com as jogadas de Di Maria pelo meio campo e a habilidade e velocidade de Neymar e Mbappé no ataque. Depois de dois chutes de Neymar, sendo um em uma grande jogada do camisa 10, terminando com defesa melhor ainda por parte do goleiro brasileiro Éderson, que protege a meta do time inglês. Em um escanteio bem cobrado por Di Maria, Marquinhos, zagueiro brasileiro do PSG, desvencilha-se do marcador e completa de cabeça. 1 a 0 para os franceses, coroando a superioridade deles até aquele momento.
Podemos analisar o jogo no primeiro tempo como tendo, de um lado, o City, dirigido há alguns anos pelo técnico Guardiola, e bem entrosado, buscando mais o jogo coletivo e as jogadas do excelente jogador belga, Kevin De Bruyne e do outro, um time com ótimos jogadores e três craques, mas com um jogo ainda não padronizado. Ainda não bem formado. Terminou o primeiro tempo com essa superioridade dos franceses com um gol, mais chutes à meta e com as jogadas de penetração dos seus dois atacantes velozes e habilidosos.
No segundo tempo pudemos ver a diferença entre um time que joga um campeonato disputado, com adversários poderosos, como o campeonato inglês e outro que joga sozinho e precisa se esforçar muito para perder um jogo contra as fracas equipes francesas. De um lado, a tranquilidade e a confiança no que podem fazer seus jogadores, testados em grandes confrontos e o outro, que apesar de grande time, com vários jogadores de seleções ao redor do mundo, mas (incrível dizer isso) quase inexperiente, apesar de sua vitória convincente contra um Barcelona do melhor jogador do mundo (de todos os tempos), mas ainda quase solitário, sem confiança desde a temporada passada depois dos oito gols tomados do Bayern. O PSG foi quase encurralado em seu campo, algumas vezes com suas duas linhas defensivas de quatro jogadores cada dentro de sua grande área. Faltou fôlego, aparentemente, mas principalmente faltou um time bem formado em todos os seus setores. Faltou um coletivo e a capacidade de manter o resultado, continuando com o bom futebol do primeiro tempo.
Di Maria ainda quase ampliou o placar aos 57 minutos, ou doze da segunda etapa, como costumamos dizer por aqui, tocando de cabeça do lado esquerdo do ataque.
Com o City apertando cada vez mais e envolvendo aos poucos o sistema defensivo adversário, veio o vacilo da defesa do PSG e De Bruyne finaliza com o pé direito, a partir do lado esquerdo do ataque, de fora da área. A bola cruza a área e o bom goleiro Keylor Navas fica tentando marcar a finalização de algum atacante e perde o tempo da bola. Ela entra direto no seu canto esquerdo. Falha da defesa e do goleiro. De Bruyne comemora. Jogo empatado.
A partida segue no mesmo ritmo e o PSG não parece reagir. Aos 71 minutos. Falta cometida por paredes, zagueiro do PSG, na frente do gol, perto da meia lua.
Cobrança de Mahrez, com a bola passando entre o último e o penúltimo jogador da barreira. A barreira se preocupou muito em colocar um jogador para impedir a cobrança por baixo dela, mas abriu espaço para que a bola passasse entre os jogadores.
1 x 2, Manchester City.
O PSG não se recuperou, com Neymar fazendo uma falta dura dentro da área adversária. Levou cartão amarelo. Pensei que veríamos novamente Neymar fora de um jogo decisivo para seu time. Ele tem um histórico de não participar de jogos decisivos. Alguns depois de lesões, como na semifinal da copa no Brasil em 2014 e outros por ser expulso.
Mas não foi o jogador brasileiro. Idrissa Gueye cometeu falta dura, entrando na canela da perna de apoio de Gündogan, jogador alemão do Manchester City. Cartão vermelho direto.
Por causa disso, sai Di Maria e entra o defensor Danilo para fechar a posição do jogador expulso.
O PSG vai precisar de muita força para conseguir reverter o resultado fora de casa. Precisa de um placar de 2 x 0 para passar direto, de 2 x 1 para prorrogação e pênaltis ou qualquer outra vitória com mais de dois gols.
Não é impossível, pois o futebol já nos proporcionou muitas surpresas que foram consideradas quase milagres, como a reversão de placar que o próprio PSG levou do Barcelona na temporada 2016/2017, perdendo por 6 x 1, em partida arrasadora do seu craque atual, Neymar.
Veremos na semana que vem. São dois gigantes e o resultado está aberto.
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