EdiSilva
Estranho que em um país no qual aproximadamente um terço da população defende que bandido bom é bandido morto se crie tanta celeuma por causa a prisão de um bandido conhecido há muito tempo.
E quem protesta é exatamente o povo que defende penas duras e até a morte para criminosos.
Onde está a coerência?
Na verdade, eles que tanto falaram não possuir bandido de estimação, estão revelando que alguns, os amigos, os que seguem a mesma ideologia do cão, são bandidos especiais e podem destruir o país com toda a impunidade que lhes é dada pelo sistema governamental atual, formado pelo executivo e pelo legislativo.
Aparentemente o judiciário, a partir de decisões recentes, está se livrando dessa carga.
O Brasil vive uma expectativa funesta de que algo ruim pode acontecer a qualquer momento. De que as ignomínias cometidas pelo atual presidente sejam muito menores do que o que ele fará nos próximos anos.
A morte de 240 mil pessoas em menos de um ano, ocasionadas por uma doença sem cura, mas que podia ser combatidas com a utilização de diversas outras medidas, não parece ser o pior que ele pode deixar de herança.
Eles querem o golpe. A perpetuação no poder. Acabar com o Estado de Bem Estar Social, a aposentadoria para os mais pobres, uma inflação não vista há mais de dezesseis anos, o desemprego rampante, a comida fugindo cada dia mais da boca dos pobres, que além de sofrerem com a citada inflação, não possuem mais o ajuda do Estado.
Tudo isso é considerado pouco por quem veio para destruir. Eles querem ainda uma reforma administrativa que tirará, entre outras coisas, a estabilidade do servidor público, fazendo com que ele passe a obedecer a todo tipo de ordem vinda de um governo ditatorial por medo de perder o emprego. O servidor público será refém dos chefetes posicionados pelos capachos do governo para esmagá-lo. Atualmente a Lei diz que o servidor deve obedecer à hierarquia, e, portanto, obedecer às ordens de seus superiores, a menos que sejam ilegais. Isso não mais existirá, pois ele poderá ser demitido até mesmo sem motivo, como os empregados privados.
E como tem sido costume desde o golpe contra Dilma, o povo assiste como se nada estivesse acontecendo.
Nós temos uma grande imprensa, aquela que alcança a maioria do povo, que faz oposição ao presidente, mas não ao seu governo. Não à política econômica contra o povo. Tudo que é relativo a essa política entreguista e favorável ao lucro dos empresários, é colocado pela imprensa como sendo bom para o país.
E tudo isso em nome de deus. Qual, não sei.
Qual o nosso caminho? Como convencer um povo anestesiado e amedrontado a se mexer em busca de seus direitos e em defesa da Democracia?
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