EdiSilva
Há muito tempo nós temos no Brasil uma lenda de que empresários que criaram grandes empresas seriam os mais indicados para presidir o país, uma vez que já se mostraram competentes em gestão de empresas.
Lembro-me que em 1989 Sílvio Santos tentou uma aventura eleitoral e foi impedido pela lei. Ouvi de muitos naquela época que votariam nele pelos motivos acima. Depois disso, aconteceram outros casos com empresários menos conhecidos e que não conseguiram balançar tantos corações quando o homem do baú.
Trump veio para enterrar de vez essa baboseira. Ele conseguiu, à frente do país mais rico do mundo, apesar de sua grande dívida, permitir que 374 mil pessoas morressem entre 22.132.000 infectados. Observe-se que falamos aqui de um país com uma enorme rede hospitalar e grandes laboratórios. É claro que essa rede de saúde não serve ao povo. É majoritariamente privada e busca lucro. Mas uma administração eficiente do presidente estaria em entender o problema do coronavírus, tornar disponíveis hospitais para o tratamento (dinheiro tem, o problema são as prioridades) e dirigir o povo para o entendimento dos perigos da pandemia. E, mesmo nos EUA, o governo central precisa ser o condutor de todas essas ações. O poder central, mesmo em um país federado, serve de exemplo e de guia para os dirigentes locais e para o povo.
Se o povo entender o problema, ele vai pressionar seus governadores para levarem a sério o quadro preocupante da saúde.
O grande empresário trabalha para o lucro. Um país não pode ser dirigido com essa lógica. O grande empresário não pensa em mais ninguém, a não ser nos acionistas, pois esses podem derrubá-lo. O governo tem que pensar no bem do povo. O grande empresário não pensará no povo, pois sua lógica é outra.
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