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Vison |
EdiSilva
Algumas informações sobre o coronavírus a partir do pouco conhecimento que se tem do assunto até agora. Por ser um vírus muito novo, as informações, as pesquisas, estão sendo feitas enquanto se combate a doença.
Febre
Pacientes podem não apresentar quadro febril como sintoma. Eu presenciei o período de quarentena de uma pessoa que não apresentou esse sintoma. Apresentou leve resfriado e perda do paladar e do olfato. O que coloca em cheque a medição de temperatura que é feita para se ter acesso a diversos locais onde transitamos. O fato de não apresentar febre não significa que a pessoa está livre da infecção. O que se precisa levantar é o percentual de ocorrência de quadro febril para definir se o sintoma é tão relevante para ser o único a se levar em consideração para o acesso aos locais que o exigem essa medição.
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Reinfecção
Experiência pessoal: conheço uma pessoa que teve sintomas leves e que foi reinfectada. Fez o primeiro exame PCR (o teste que tem a maior taxa de precisão) positivo em junho e em outubro fez novamente o teste e confirmou a reinfecção. Novamente com sintomas leves.
Existem estudos que mostram a possibilidade de que nos quadros de infecções mais leves, a produção de anticorpos não seja suficiente para aparecer no teste de imunidade. Outra situação é que foi detectado também em estudo feito com 149 pacientes (mesmo link acima) que com o tempo há um decaimento da taxa de anticorpos. Melhor dizendo: houve uma queda brutal dos anticorpos. Apenas 1% do grupo de estudo (149 pacientes) ainda apresentava níveis elevados de anticorpos.
Alguns casos de reinfecção estão sendo relatados em diversos lugares e sendo estudados em quais situações ocorreram. Entre os casos relatados, houve um em Hong Kong, um no Equador e outro no estado de Nevada, nos Estados Unidos.
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Mutação e transmissão humano-vison
O agravante maior sobre o coronavírus é a possibilidade de infecção de humanos para outros animais (de outros animais para humanos não resta dúvida, pois teria sido assim a infecção inicial).
Já existem alguns casos relatados e com gravidade relevante. Citarei três, por sinal, todos relativos a infecção de humanos para visons, aquele animalzinho que parece uma doninha e que é morto aos milhões para a confecção de casacos de pele: A Espanha apresentou casos em junho e teve que sacrificar cerca de 100 mil animais. Posteriormente foi a vez da Holanda, que detectou também a infecção ocorrida em fazendas de criação para abate. Agora aconteceu na Dinamarca com o risco da descoberta de uma mutação, o que pode inviabilizar as vacinas que estão sendo pesquisadas. Além do surgimento de nova cepa do vírus, que trará resultados desconhecidos na transmissão para humanos, podendo, inclusive, piorar a letalidade e/ou a forma de infecção. Caso o genoma da mutação seja muito diferente do código genético do vírus já conhecido, a vacina que combate o primeiro pode não servir para o mais recente. Nesse caso da Dinamarca, a quantidade de animais prevista para abate é de cerca de 17 milhões. Sim. Mas o crime aqui nem é o abate dessa quantidade de animais por causa do vírus, mas sim o fato de que eles já seriam mortos em outro momento para a confecção de casacos.
Eu não encontrei informação se vão ainda aproveitar as peles ou não. No caso da Espanha, o governo prometeu reembolsar os criadores, mas na Holanda e na Dinamarca,não vi nada a respeito.
Essa é mais uma etapa da guerra do ser humano contra a natureza, sendo que os primeiros pensam que estão vencendo. Escaparemos do coronavírus? Não sabemos nem isso, imagine como será com as próximas doenças que aparecerão.
Só podemos esperar por juízo, mas o qual a força que temos contra o poder da ganância?
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