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terça-feira, 28 de julho de 2020

Brasil e o Estado estrangeiro (Republicado)




EdiSilva

Texto escrito em 05 de setembro de 2016 e publicado no meu antigo blog. Tudo o que se refere aos partidos que dominavam a direita na época, continua valendo com o governo entreguista de agora, ainda com o apoio daqueles partidos.


Nós temos visto um discurso dos neoliberais, como psdb e demo, além dos partidos satélites deles, como o pps, de que o Estado não deve possuir empresas e usam como exemplo (sempre) o grande irmão do norte.

O exemplo deles não é bom por um pequeno detalhe: os EUA não possuem empresas. Lá, as empresas são privadas. Mas este é claramente um caso de um Estado pertencente às empresas. Eles são exatamente o oposto e por isto são a cara do capitalismo.

Obama prometeu que acabaria com a guerra do Iraque. Está completando oito anos de governo e não cumpriu esta promessa. Pelo contrário, criou outras, como a do ISIS, da Síria e da Líbia.

E nem ele, nem nenhum outro presidente norte americano acabará com estas guerras enquanto a "reconstrução" destes campos de batalha for lucrativa para as empresas do país. Outras virão.

Quanto mais criarem o caos, melhor para as empresas donas do Estado. Por isto os EUA, hoje, são a nação mais próxima de cumprir a previsão de Orwell de um Estado em guerra permanente, pois, quando este Estado é o "reconstrutor", a guerra é lucrativa.

Aqui no Brasil temos os pregadores de um Estado enxuto, sem empresas, mas o interesse deles é o de queima de estoque, como aconteceu no governo fhc. A diferença é que não interessa a eles criarem um Estado como o norte americano (o que já seria ruim), mas sim, lucrarem o máximo possível com as vendas. Não há ideologia, a não ser a do lucro.

Este vídeo do Nassif toca neste assunto das privatizações:



E, já final, teremos um país também pertencente a empresas, somente com a diferença que o Estado será possuído por empresas estrangeiras. E empresas estrangeiras trabalham pelo lucro (sim, todas), mas este lucro é enviado para a matriz. Não fica no país onde estão alojadas. Veja o que acontece com as telefônicas.

E agora com uma novidade: não só as empresas brasileiras pertencerão às estrangeiras, mas também as propriedades rurais, pois o governo golpista já está se movendo para permitir isto. Nenhum governo do mundo, pelo menos os que queiram manter seu país independente, permite a venda de empresas estratégicas e de grandes propriedades rurais para empresas estrangeiras.

É simplesmente o extremo do entreguismo.

E os pastores que pregam o Estado enxuto, ficarão com o Estado estrangeiro.

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