EdiSilva
Talvez nesse momento a diferença entre a eleição de Biden e não de trump seja: com Biden eles poderão continuar no processo atual de falsa democracia. Trump, em um segundo governo, pode desatar de vez o fascismo no país.
Pela lei ele não poderá mais concorrer, logo, pode tentar permanecer no poder por outros meios, seja mudança constitucional ou o golpe puro e simples, alegando ameaça à "democracia" ou uma guerra que obrigue o país a mantê-lo no poder. E, para isso, deverá ser uma guerra mais complicada que a simples invasão a um país periférico como foi com Afeganistão e Iraque. Terá que ser uma ameaça que ponha medo na população. Além disso, o próprio trump já ameaçou não aceitar o resultado da eleição, o que já seria o golpe puro.
Não dá para adivinhar uma situação como essa, mas os "inimigos" forjados pelo país já existem: China, Irã e Rússia. A Venezuela não dá álibi para tanto, apesar de termos visto como Bush tirou da cartola o grande inimigo, que possuía armas "poderosíssimas", como fez com o Iraque.
Os EUA são o primeiro país a cumprir as profecias de Orwell em sua obra 1984, com a situação de guerra ininterrupta. Há alguns anos, eles estão sempre em guerra com algum país, mantendo assim a população sempre alerta e disposta a entregar mais e mais direitos em nome da segurança.
Os próximos anos podem ser decisivos para a História mundial.
A China, cada dia mais, corre para ser a nação mais rica do mundo. Ainda tem muito o que caminhar em termos de riqueza total, de PIB. O PIB norte americano em 2019 foi 22,08 trilhões de dólares e o da China foi 14,83 trilhões. O PIB chinês subiu 80% (crescimento de 6,6 trilhões) desde 2012 e o norte americano, 35,96 (crescimento de 5,84 trilhões). Mas está muito próxima em outros pontos. Para ver o medo que o grande irmão do norte já demonstra do crescimento chinês, basta observar a guerra que trump implementa contra a tecnologia 5G da China e contra a Huawei. E, nessa guerra, envolve países que se tornaram satélites deles graças a presidentes capachos como o nosso.
Resta saber como a Europa se posicionará em caso de avanços norte americanos em direção a uma guerra suicida como seria essa. Pode ser o que decidirá o que restará do mundo pós mais um governo trump.
É fato que não há governos de esquerda nos EUA, pois os governos mais socialistas de lá talvez sejam como o PSDB. Mas também pode-se notar que Biden se posiciona mais à direita do que é normal ao partido democrata, pois percebeu o deslocamento de boa parte da população para posições extremas. Sua vice é a negra indiana Camala Harris, atual senadora e ex procuradora geral do estado da Califórnia. Esse deslocamento do eleitor para a direita nós também percebemos aqui, permitindo a eleição do trump tupiniquim e de vários parlamentares e governadores com o mesmo viés ideológico. E, tanto lá como cá, o desafio é mudar essa tendência.
Muitos brasileiros acreditam que uma eleição de Biden pode nos colocar no caminho da derrota de bolsonaro.
Tanto o diabo como o secretário dele representam problemas para o mundo todo. A política estadunidense é centralizadora e tem pretensão de dominar o mundo. Vale lembrar que o eleito, naquele país, o será para atender os interesses da parte visível e influente daquela nação. Assim, o inimigo escolhido terá muitos desafios a enfrentar.
ResponderExcluir